Segurança pública é um ciclo imenso. Quando um deles não funciona, é trabalho perdido.
Sem querermos fazer nenhum trocadilho com a já banalizada violência na
Paraíba, onde pessoas são esquartejadas por qualquer motivo, vamos “por
partes”.
1 -a imprensa e o povão pouco sabem (e é até bom que
não se inteirem mesmo) que entre os agentes penitenciários existe um
grupo cuja missão é investigar determinadas ligações entre os mundos
interno e externos dos presídios. Ou seja, existe um serviço de
inteligência. E para quem se perguntar “onde está isso que ninguém vê?”, a resposta segue também como pergunta: serviço de inteligência é para ser visto? Se assim o for, não é inteligência.
Foi a partir do trabalho desse pessoal que os acusados de esquartejar
duas mulheres em João Pessoa, na quarta-feira (6), foram parar atrás das
grades. E confessaram o crime.
Na verdade, os mandantes dessa barbárie são presos que estão recolhidos
no Roger. O serviço de inteligência apurou e repassou informações
importantes aos setores competentes da investigação criminal, que
completaram o trabalho.
2 -há quem não goste quando falamos a respeito, mas,
na nossa singela opinião, o sistema prisional paraibano está, sim, dando
passos importantes. Falta muito. A estrutura ainda é precária. O
ambiente continua sendo o inferno na terra, e a categoria deve fazer
pressão constante no governo. Mas está caminhando.
3 -o sistema prisional – agora, é necessário que a
imprensa e o povão saibam – é um setor extremamente estratégico para
investigar a violência nas ruas. Grande parte das piores mazelas que
acontecem bem longe das grades tem origem nas prisões. Portanto, não
adianta muita coisa investir apenas nas polícias Civil e Militar.
Segurança pública é um ciclo imenso. Quando um deles não funciona, é
trabalho perdido.
Fonte: Paraíba em Qap
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